Tsuki Sekai #S01 O Ingênuo Demônio

Em um mundo muito inverso ao real, onde as pessoas pensavam sempre em coletivo e nunca em si próprio, havia somente paz e prosperidade... Por certo tempo pelo menos.

Quando ao sentir a energia correndo na superfície do planeta, o grande demônio de chamas negras Grinshi sobe para devorá-la. Ao sair da terra percebe um menino olhando para o terceiro sol de Toruna e sem se mostrar completamente, pergunta ao menino:

—O que foi pequenino? -Com muita vontade de devorá-lo-.

—Apesar dos meus pais criarem máquinas que ajudam a todos, eles falam que meu maior sonho é pura futilidade!

—Mas qual é esse seu sonho, pequenino?

—Além de querer que você pare de me chamar assim, eu queria tocar no pôr do sol, mas meu pai fala que a tecnologia para me levar até lá não ajudará em nada! –Responde bravo o menino-.

Grinshi Pensou – antes que eu destrua tudo, vou realizar o sonho desse menino, pois ter a consciência mais leve é sempre bom - Quando Grinshi se mostrou ao menino, o perguntou:

—Como você se chama jovem?

— Roni, herdeiro do reino de Toruna. Responde o garoto sem muita expressão

—Interessante, mas creio que você terá que mudar essa sua apresentação. Agora você será conhecido como Roni, o Demônio das Chamas Negras!

E com uma grande explosão, que chegou a apagar um dos três sóis, passou todo seu poder para Roni pudesse ir até o pôr do sol. Achando que logo os teria de volta, porém algo de errado aconteceu, uma explosão o destruiu completamente, pois ele não imaginava que Roni controlaria o poder tão rapidamente, parecia que o garoto tinha nascido para ter aquele poder.

Quando a guarda real foi em busca do príncipe, o encontraram desmaiado, porém coberto por um manto de chamas negras, capaz de congelar sete robôs enfermeiros, quando o menino acordou estava preso pelas criações de seu pai, e apesar de não ter ficado bravo com o seu pai, que mandara o prender ali. Algo dentro dele o fala que ele tem uma missão a cumprir, para poder tocar no pôr do sol, mas antes, ele deveria escapar dali.

Ele ouve uma voz que o sussurra ordens:

—Erga o braço, concentre sua força de vontade na ponta de seus dedos e deseje sair daqui, deseje ir para um lugar bem longe.

E foi isso que o menino fez, mas mal ele sabia que tinha criado o primeiro portal dimensional da vida dele, assim foi puxado para dentro do portal, indo parar em um planeta totalmente devastado por guerras, quando achou um homem caído no chão que ria pelo que tinha acabado de fazer. Interrompendo as gargalhadas dele, perguntou Roni:

—Quer ajuda senhor?

O homem arrogante respondeu Ironicamente:

—Você tem uma perna sobrando aí?

O menino abre outro portal de volta a Toruna, entra lá dentro e em alguns segundos volta com uma perna mecânica.

—Me empreste sua mão.

O homem surpreso levanta sua mão, Roni morde seu dedo e o sangra um pingo em uma parte do equipamento, a perna mecânica começa a se auto-modificar, se ajustando ao espaço onde ela iria ficar, e então se gruda ao homem.

O homem com um sorriso enorme pergunta:

—Onde conseguiu isso garoto?!

—Meu povo a criou para ajudar as pessoas a andarem melhor.

—A mais coisas assim, de onde você vem caro amigo? –pergunta o homem, agora com uma expressão mais amigável-.

—É claro, meu povo é muito evoluído, mas não foi capaz de me ajudar com isso! -apontando para as chamas negras-.

—Eu posso te ajudar, mas para isso terás que trazer mais coisas belas como essa perna.

—Se for para ajudar um senhor tão gentil, eu trago sim! –responde Roni com a maior ingenuidade- Mas como o Senhor se chama?

—Nigh, seu melhor amigo Nigh!

O menino abre outro portal para Toruna.

—Onde está indo Roni?

—Vou buscar mais invenções do meu pai, claro!

—Então vá logo, e traga algo que voe!

Cinco minutos depois o jovem Roni volta com uma nave enorme de 12 turbinas erguida pelos seus braços, que pesava em torno de 17 Toneladas, novamente sem expressão pergunta:

—Essa serve Nigh?

—(risos) Sim, por enquanto...

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